sábado, 7 de fevereiro de 2009

Quac Quac qua ca

O conto do vigário


O conto do vigário mais conhecido é o seguinte:

1 - Dois cúmplices avistam um papalvo numa ocasião oportuna.

2 - Um dos cúmplices deixa cair, o que parece ser um molho de notas, que na realidade não passa de um molho de jornais embrulhado numa nota ou duas.

3 - O trabalho tem que ser bem feito, de forma, a que as únicas pessoas a toparem a cena, são o papalvo e o segundo cúmplice.

4 – O papalvo apanha o embrulho. È instantaneamente abordado pelo segundo cúmplice, de forma que só se consegue aperceber que tem na mão um grande molho de notas.

5 – O segundo cúmplice topa no olhar do papalvo, ambição.

6 – Parte mais difícil, por meio de paleio e enredo, o segundo cúmplice convence o papalvo a dividir, o molho de notas entre os dois.

7 – Com uma grande dose de teatro finge-se assustado e com falta de tempo, explica que não possuem local apropriado para a partilha da fortuna e propõe um negócio da china: trocar o molho de notas pelo dinheiro que o papalvo possui na sua carteira.

O papalvo movido pela ambição que tolhe as suas faculdades mentais elementares aceita o negócio, quando encontra um local apropriado, normalmente um WC, pois será o local mais acessível sem testemunhas, abre o molho de notas e encontra jornais velhos, ficando literalmente na merda.

Era uma receita simples, normalmente aplicada em pessoas que estavam em viagem e transportavam consigo bastante dinheiro. Porque é que dava certo? Uma artimanha destas


Para cair no conto do vigário
É preciso ser salafrário
Cai que nem um otário
Porque cede a tentação
A honestidade cede à ambição
E a ganância tolhe a razão

Muitos e muitos contos
Utilizam esta metodologia
Que evolui todo o dia
E o segredo do seu sucesso
E só propor um negocio desonesto
O resto, tudo varia.
Existem muitas receitas!

A vantagem de quem aplica
o conto do vigário
é que não pode ser processado.
Por quem foi enganado
porque o papalvo coitado
sò foi enganado porque não foi honesto!!

E os portugueses coitados
Estão fartos de ser enganados
Por políticos espertos
Que lhes contam contos.

Contos de fadas
Promessas desejadas
E as pessoas elegem chefias
Que tomam decisões erradas
Porque não passam de vigaristas
Que já cederam a todas as tentações.

Porque é que os portugueses elegem vigaristas?
Gostam de ser enganados?

Querem alguém que lhes sirva as ambições?
Não se importam com o bem da nação
Porque são gananciosos identificam-se com vigaristas
Numa esperança cúmplice de ganhar algum.

Também os bancos e os hipermercados têm os seus contos do vigário. Os portugueses correm para eles. Todos contentes! Na esperança de sacar algum!

Termino então com um conselho de macaco, que não é mais do que um ditado popular

“Não se ensina o padre nosso ao vigário”