domingo, 26 de outubro de 2008

Quijotes los niños de Cervantes

Lutam contra moinhos de vento,
os valorosos sonhadores.
Sentem o sal, sentem o vento,
como os seus antecessores.

Não se sabe, se procuram riqueza,
louvores ou reconhecimento.
Fogem da horrível tristeza,
da vida mal vivida em agonia.

Por não agir, não actuar!
Evitando questionar.
Se é certa a verdade,
que nos andam a contar.

Sentem alegria no dia-a-dia,
porque acordam com vontade lutar,
Contra tudo, e todos,
inclusive até com o mar.

Que lo digan los hombres de las luces,
per corriendo caminos,
atravesando ariscas fragas.
Cambiaran destinos.
Iluminaran ideas.
Levaran esperanza
a niñas e niños
Mas la naturaleza,
recuerda siempre:
vivir es ser animal
es comer, matar
lujar pelo lugar.

Morir es ser hombre,
Trotski, Che e Cristo.

JN – Outubro 2008



Participação de JN e G.Young no Abril
JN diz:

Igualdade F. L.

Caiu o fiel da balança
Morreu o rei de França
O povo no poder
A nobreza a desaparecer
O clero a tremer
Os direitos a aparecer
Seres humanos finalmente?

Não, a guilhotina, surge de repente
Vitimas, inocentes, tombam infelizmente
Mais uma vez a revolução não foi diferente
Morre muito boa gente.

Luzes de conhecimento iluminam
Grandiosas e iluminadas, mentes
Tanto sacrifício foi em vão?
Não, não e não diz a multidão
Que vive nesta espécie de democracia
Que é aldeia global no mundo da hipocrisia

Quem têm fome e barriga vazia
Nega com facilidade a democracia
Quem tudo tem, dedica-se à orgia
Do consumo, da loucura, do diferente
Da aberração que faz sofrer muita gente

Ninguém quer ser igual, todos querem mais
Todos querem ser desiguais
Pois querem mais?
Mais poder, mais reconhecimento,
Mais coisas, muitas coisas!
O povo já não quer mais ser povo
Quer algo que não é novo
Todos querem ser reis
O que lhes falta é povo!
JN 24 de Abril de 2008 – 19- 45 min


G. Young Responde:

Coitadinhos dos vencidos

Será que vale a pena?
Ser grande com uma alma tão pequena!
Terrorista na palavra, ousado no pensamento
Anseia pela igualdade entre os seres humanos
A cada momento

Ditadura, monarquia, democracia e anarquia
Combinam com demagogia
Todas possuem, mais valia,

Monarquia evita lutas de poder
Democracia cria jogos de poder
Ditadura é a força no poder
Anarquia é o salve-se quem puder

Em qualquer sistema o importante
É estar na mó de cima
Pertencer a classe dominante
Andar na rua com um ar fascinante

Viver de um novo mirabolante
Gozar tudo que o sistema que é poder
Tiver para oferecer.
Sem esquecer
Estar sempre do lado triunfante

O importante é não existir igualdade
Porque então, não vale a pena ser poder
Com recompensa tão pequena
Tanta chatice não vale a pena !!!



George Young 24 de Abril de 2008 – 19h47min



Maio

Quarenta graus debaixo da chapa!
Está um calor que mata.
É Agosto o mês do tormento,
Porque é que o céu não fica cinzento?
Trabalhar com este calor
Faz o corpo entrar em torpor.
A máquina não pára, a fábrica trabalha,
O calor que sai da máquina
Faz esquecer o ruído da fábrica
As peças saem quentes
Verifico se estão atraentes
Cento e vinte por minuto!
Cento e vinte por minuto!
Duas por segundo!
Não sei o que vai no mundo!


Há que dar produção,
Que pena não ser patrão,
Tinha ar condicionado para toda ocasião,
Em casa no escritório ou no carrão,
Mas nunca tive jeito para aldrabão,
Vou fazer serão,
Com horas extras aumento meu salário
Para comprar pelo menos o que é necessário,
Doze horas por dia é o meu horário
Bem-haja, o patrão,
Que garante o salário,
O movimento operário,
Tem um escritório!
Com ar condicionado!
Os camaradas que lá trabalham,
Sabem o que se passa no mundo.
Que há miséria por todo lado,
Até no, pais mais rico do mundo.

1º de Maio de 2008
JN

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Globalização

Globalização linda expressão
Aldeia global grande provocação
Multinacional empresa global
Não depende da vontade nacional

Não se conhece o patrão
A sua única razão
É o lucro que cheira a estupro
E na competição vale tudo

Corromper, extorquir, dividir
Manietar, comprar, iludir
São facetas da arte de mentir
Cujo clímax é a multidão a aplaudir

Aplaudem o desenvolvimento
A riqueza do momento
Esquecem o que está para vir
Obedecer a ordens sem decidir