sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Nataval

E o pai Natal vermelho, inventado pela coca-cola
Teve tanto sucesso, que é estudado na disciplina de história
Reservou para o consumo toda a glória,
Jesus passou à história, é coisa de pobre
De gente que não consome



Nataval

Natal com sabor a carnaval.
Andam todos mascarados.
Vestem fatos de pai natal.
Colocam o avental!!
Que por cima das gravatas até nem fica mal,
parece que são as fadas do lar de Portugal.
Mas não nos preocupemos, para o bem geral,
depois do ano novo tudo volta ao normal.


M.A.D.

Macho alfa dominante!
Deixou de ter lugar,
no mundo que se está a inventar.
Com caldos de galinha,
quebraram a sua espinha
fizeram o que ninguém sabe
mas muita gente adivinha:
O alfa dominante transformou-se.
No beta ruminante.
Felizmente no meio da manada
e para sobrevivência da espécie
surgiu uma mutação!!
O alfa beta que parece pateta,
com anedotas,
leva os outros na pandeireta,
passando de beta a alfa,
enquanto o diabo esfrega o olho,
sem franzir o sobrolho
depena o seu semelhante,
ou corta a sua goela num instante.
Consoante a ocasião é de paz
ou de guerra!

Macho alfa beta dominante!!
Terá um futuro brilhante
enquanto não fizerem,
dele um ruminante
Permanecera arrogante?
Será primo do Rocinante?
Será mais um Quixote?
Que temos por diante?
Ou provará a aspereza
da sua macheza
cometendo uma palermice
que será apenas mais uma parvoíce
daquelas que não fez! mas disse.


Gladiador

Dar uma facada
Matar com uma estocada
E a coisa simples mais estudada
Requer uma coragem danada
E preciso sentir o pulso
Cheirar o sangue.

Dar uma facada
Matar com uma estocada
É de predador
Matar rapidamente, sem dor


Gladiador e toureiro
Sentem as mesmas sensações
São percorridos pelas mesmas emoções.
Sentem no estômago as mesmas aflições.
Sabem bem que se esquecerem as lições,
Não tem tempo para reflexões
São colhidos na resposta
De quem ainda tem esperança
E na vida tudo aposta


F.A.D.


Fêmea alfa dominante
é a nova esperança.
Tudo faz, tudo alcança,
tem o poder da decisão
porque trabalha!
Se alguma coisa não compreende,
não se atrapalha.
Trabalha!
E se algum macho lhe discute a liderança?
Mata-o enchendo-lhe a pança.
Tudo faz, tudo pode fazer,
Até o que está na moda e é chique,
matar com um joystick.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Podridão

Os Pessoas que derrotaram o comunismo

O cinismo derrotou o comunismo,
Gente que disse sim pensando não
Não fez nada a não ser obedecer
Cumprindo o mais devagar que podia o seu dever.
Lutando no silencio, boicotando!
Sim boicotando quando ninguém estava a ver,
Minando até apodrecer a ditadura, com que tinha que viver.

Foi de surpresa que caiu,
O grande estado eterno.
Todos tinham percebido
As elites e as plebes,
Que o sistema não batia certo
Contava mentiras sem um resquício de verdade
Ninguém acreditava mas todos fingiam
Fingiam acreditar. E fingiam tão bem!
Que se acreditava que o sistema estava bem.
Nem valia a pena sondar opiniões
Pois todos sabiam as lições
E não discordavam da ideologia
Se não morriam de alergia
Ou de outra doença na moda nesse dia.
Pois o sistema tinha evoluído
E estava fora de moda eliminar a dissidência por hipotermia.

JN – Setembro 2009


Ao contrario do prometido, o George Young não terminou o futuro grande romance, que promete ser uma ode à estupidez “A Tribo dos Cromos” e regressa com histórias para crianças.


A Epopeia das Rosas

No jardim da hipocrisia
Florescia a demagogia,
Nasceu uma linda rosa
Sem a cor que o chefe queria.

Era uma linda rosa branca
Que irradiava energia.
Mas a magia da beleza
Não alegrou sua alteza,
Queria rosas cor de rosa
De acordo com a sua prosa.

Ordenou ao jardineiro
Para trabalhar o dia inteiro.
Ou fazia rosas, cor de rosa.
Ou ia para o galheiro.

O pobre jardineiro
Trabalhou o dia inteiro.
E foi mesmo por magia
Que no fim do mesmo dia,
Floresceram, muitas rosas,
Mas nenhuma cor de rosa.

Eram todas tão bonitas,
Que o pobre jardineiro
Chorou de alegria,
Mas chegou o chefe a correr
E começou logo a tremer.
Umas rosas eram vermelhas
Outras da cor de uma laranja.

Chamou logo o pessoal,
Para remediar o mal,
Surgiu logo uma ideia
Que era mesmo genial
Vamos pintar as lindas rosas
Com um rosa cor de rosa
E não vai ficar nada mal.

Pintaram-se as lindas rosas
Com um rosa, cor de rosa,
Mas veio o orvalho da noite
E desbotou a pintura,
Surgiu um rosa choque
Da cor de uma ditadura.

Chegou uma linda senhora
E disse ao chefe com ternura
Que coisa tão horrorosa.
Desperta recordações de amargura

Surgiu logo a decisão
Vamos dar as lindas rosas
Uma segunda demão.

Mas com tanta tinta tóxica,
Desfizeram-se as lindas rosas
Em lindas pétalas cor de rosa.
Desfez-se uma a uma
E não sobrou uma para amostra.
A história já ficava famosa
Começando a chacota
A por muitos dentes à mostra.

Já a entrar em desespero
Reúne o chefe em segredo
A sua cara metia dó
Mas a gente tinha medo.
Apareceu o secretário,
Com a sua cara de otário
E disse muito assustado,
Que havia muito papel no armário
Cor de rosa muito rosa.

Disse o chefe ofegante:
Já tenho a solução brilhante,
Vamos fazer rosas de papel,
Será uma cópia fiel.
Corram todos para o armário
Justifiquem o salário.

Fizeram lindas rosas
Mas surgiu uma chuva impiedosa
Que destruiu o papel.
Com toda esta trapalhada
Surgiu uma grande gargalhada.
Tão grande que não se ouvia mais nada!

E o chefe em desespero,
Mandou arrasar o jardim
Com uma injecção de cimento
Colocou lá um projecto pin.
E o seu cérebro pensou assim
Com a comissão que sobra para mim
Vou gozar a reforma
Quando ninguém se lembrar de mim...

Para o Infínito

Deus abençoe, a América
Para o infinito e mais além
Toy story

Capital

O capitalismo serve-se do egoísmo
Para servir egos e vontades,
Todos se esforçam por dar produção.
São escravos de um sonho
Um sonho lindo!

Tudo é possível na verdade
Mas atendendo às leis da probabilidade,
A maioria vai viver o pesadelo da realidade.

O capitalismo evoluiu, é certo
Não é fruto das ideias de um punhado de homens
É como um ser vivo que reage segundo as leis da vida

Mas quando se chama liberalismo puro e duro,
Com ausência de mecanismos de controlo,
Que impeçam grandes oscilações dos equilíbrios
Acontecem grandes desgraças
Ou crises!

Mas também não se pode esperar muito,
De algo que se baseia no egoísmo
E esquece o altruísmo!



Materialismo


Chegaram tão longe os filósofos gregos,
Desvendaram, tantos segredos,
Que parecia que anunciavam
O fim dos mitos e dos medos.

Avançamos tanto desde então!
Segredo após segredo,
Demos razão à razão.

Parecia que a natureza,
Era um simples enredo,
De uma longa serie de televisão.

Reflectindo sobre o breve período de uma vida
Não se descobre a falsidade dos mitos
E ampliam-se os medos
Porque não se tem o conforto de uma religião.


Poema de assustar

Sou um corpo sem alma,
Um aeroporto para encarnar,
Vejo almas partir e voltar.
Observo-as com atenção e calma

Não as quero.
Não as deixo ficar,
Entre o chegar e o partir
Algo há-se sobrar.

Voltarei a ter alma?
Noutro mundo se calhar.
Será uma nova experiência.

Não tenho medo,
Não me deixo assustar.
Mas digo em segredo
Que não estou a brincar


Fuga


Quero sair, partir, fugir,
Lutar, sentir, existir,
Respirar a brisa
De uma vida que deixa saudade.

Porque foi vivida
Sentida, sofrida
Amada e perdida.

Encarnações

Encarnação reflectida

Analisar um poema
pode ser psiquiatria à distância,
diz o que lês e tomam conhecimento do que sabes.
Fazendo um poema revelas sentimentos,
reflexões e pensamentos,
que deixam de ser teus
e são lançados aos ventos

È possível mentir nos sentimentos?
Sentir uma mentira!
Odiar quem não se conhece?
Amar uma desconhecida?
Encarnar numa alma perdida?

Vender um poema de amor,
a um estupor pouco inspirado,
para com ele cantar um fado.
Numa serenata de engodo,
cuja verdade não é amor em fogo
mas um capricho serôdio.

Louvar um ditador,
que causa sofrimento e dor,
mentindo com a vaidade
de quem faz a verdade.

Elogiar dinheiro e poder
para não comprometer
os pequenos prazeres,
de uma vida hedionda.
Que nos arrasta como uma onda.

È esta a capacidade do bom político.
Do mais comum dos aldrabões
e do mais simples poeta.
Encarnar na alma do semelhante.
Pensar e sentir na sua pele,
obtendo um retrato fiel
Da sua possível reacção
ou mera meditação.

Aldrabão, poeta e político,
são personagens que criam
o seu próprio circo.
Constroem o mundo que imaginam.
Encarnam a alma do público.
Para de seguida num encantamento,
introduzir a sua alma no corpo desse mesmo público.
Será assertividade ou jeito para actor?
Actor não porque neste caso só conta o aspecto exterior
Mas o teatro terá que bem desempenhado
Ao mesmo tempo que imaginado…



Pecúlio final


Criança com esperança,
de um futuro de bonança.
brinca criança.
Com a inocência da infância,
não percas a felicidade,
pois quando a perderes
Serás adulto.
Com saudade dos tempos de criança.

Em que brincavas e acreditavas,
que em todo o mal há esperança
e em todo adulto ainda mora a inocência
de uma criança.

A criança sucumbiu
abafada pelo que a vida proibiu,
mas a criança vai voltar
quando a hora da morte chegar
E só vai recordar. Que bom!
Ter tido tempo para brincar.



Eu macaco

Burro que caminha pela serra acima,
dá-me a tua alma, estou farto da minha.
És burro! Serás inteligente?
É indiferente, tens alma
E muita! Muita calma!

Estou farto de ser macaco,
embora me chamem primata
sou penas o que mata
Mata o tempo matando
tudo que anda na mata.

Mata sem necessidade,
aproveita todas.
Manhas e artimanhas,
para fazer todas as coisas
que há natureza são estranhas


Touro de cobrição (1)

Grande curtição
encarnei num toiro
estou sempre com erecção
com toda a vaca estoiro.

Grande vida na lezíria,
mas de repente!
Um macaco faz-me frente.
Surgem mais de repente.
Uns por trás outros pela frente
não adianta ser valente.

Estou aprisionado
numa gaiola encarcerado,
eu que não cometi nenhum pecado
e para piorar o fado.
Há macacos por todo o lado.

Macacos do carvalho
mexem na ferramenta
espremem os tomates
malditos macacos.

punhetas de macacos
estou feito em farrapos.
Cheguem perto dos cornos
que vós furo os olhos.

Mais vale morrer
que servir macacos.
Pois sentem prazer
Em fazer sofrer
E ainda por cima gostam de mexer.

sábado, 6 de dezembro de 2008

"especialismo"

A alemã da minha vida
era uma linda alemã
mas parecia que era de cá!
Loura de olhos azuis,
parecidos com os de cá

Todos diziam que era portuguesa
para sua grande tristeza
ninguém estranhava a sua beleza.

Depois de muito analisar
e também falar.
Com os cromos que ia encontrando.

Dei por mim com ela falando,
acerca das feições
e diferentes compleições.

Existe uma zona no norte da Alemanha.
Que as feições são como as de cá.
Cromos de qualidade
como os de entre douro e Minho
Que sempre houve e haverá!
Mas é uma zona mal afamada
porque os habitantes de lá
tem fama de parvos!!!!
E entram em todas as anedotas.
Que há por lá!

Expliquei à menina
Que não podia ser!!!!!
Embora existissem, semelhanças físicas, especialmente nas terras pequenas terminadas em “ães” balugães, romarigães, alvarães, etc. As psicológicas não coincidiam pois em Portugal só existiam anedotas de alentejanos, nunca tinha tido conhecimento de alguma anedota relacionada com bimbos e até hoje não tomei conhecimento de nenhuma

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Iluminados os Eleitos

Os eleitos da democracia,
esqueceram os programas eleitorais.
Subiu-lhes o poder à cabeça.
Sentem-se donos da razão!
Já não são mais um entre os demais,
são os representantes bestiais
de um poder que não os legitimou.
Esquecem que, quem neles votou.
Iludido com os programas eleitorais.
É quem lhes conferiu poderes reais.

Pobre gente iludida.
Fascinada! Com o poder!
Um dia, em que não tenham
Mais ninguém para lhes obedecer.
Será que vão adoecer?

Uma coisa é certa, de pobreza não irão certamente padecer !!!!!!






Democracia do cinco contra um


Quando as eleições
elegem ditadores
pelas mais diversas razões.
Entram em convulsão
todas as nossas emoções.

Como é que?
Indivíduos com tais ambições!
Convencem gente letrada,
que parece, educada,
para não ser enganada!
Será que usam bruxaria?
Ou fazem da corrupção
e da orgia das festas
uma arte para tornar
as eleições menos honestas.
Soltam foguetes! Limam arestas!
Criam interesses, fazem panelinhas,
Formando máfias pequeninas.
Que com as reeleições!
Se tornam grandinhas.

Fazendo as contas,
em poucas linhas
a ilusão da democracia!
Não passa da opressão,
de cinquenta mais um,
sobre cinquenta menos um.
que não é mais do que:
A chamada democracia
Do cinco contra um!!!!!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Liberdade

Liberdade é falar sem medo.
não sentir necessidade do segredo
dialogar e opinar sem nada recear.

Sentir que a nossa opinião conta
ninguém a tenta transformar em tonta
Liberdade é produzir de forma consciente
sabendo que se está a lançar a semente
para um mundo melhor e mais decente.

Mas a falta de liberdade não é um drama!
Será apenas uma etapa, de um ciclo de alternâncias
de democracias com ditaduras e outras repugnâncias

Surge a falta de liberdade como um estímulo
Para o engenho, despertando ideias
Aguçando consciências, resistências,
E outras decências.

sábado, 15 de novembro de 2008

Consumindo Cantando

As pessoas no IKEA
São como às oveeelhas
Só tem que seguir :
As setas vermeeeelhas

No sábado voltei lá.
Outra vez!
Comprei logo.
Três estantes de uma veeeez.

Ai que dia! “Mais bem passado!”
Montei uma estante ao pé do armááário………………



Sentido único

Crescer, florir, sorrir!
Acto repetido nas estações,
despertam diversas emoções,
sentimo-las repetidamente
com o passar da idade.
As estações!

Nada se repete numa vida.
Ela não se encurta,
nem se torna mais comprida,
apenas se percorre etapa
após etapa.

Sendo cada etapa.
Mais uma estação,
Vivida!
Jamais repetida!!



Fraqueza

Amor impossível
Torna o ser irascível
Desarticula o credível
Que é sofrer por nada
Que seja possível

São voltas e voltas
De mentes loucas
Com vozes roucas
Que gritam: eu amo
Para meu coração existe amo
A lo caracho guapa
Que mandas en mi corazón
Digo no a la esclavitud
Que hoy soy un corazón libre…..



Lagarta

Perna linda, bunda fofa,
minha ninfeta de alcofa.
O teu mofo me seduz.
Pela ambição que me transforma
Um simples adesivo
O mais aviltante ser.
Que vive sem forma!
Mas terá uma ganda reforma….



Mandadores


Virtualmente mandando.
Ordenam os virtuais.
Comandando os reais.

Segundo as leis do mercado.
Segundo as leis do senado.
Segundo, a segundo!

Parece que podem parar o mundo!
Contra as leis da natureza,
que revelam a sua aspereza,
quando morre alguém da realeza.

Cumprem o mesmo destino
do ser pequenino,
que goza o ciclo da vida,
escondido no seu cantinho
vivendo sentindo.



Voyeur

Gosto de etologia,
gosto de animais.
De compreender como vivem!

Vivem porque vivem
e fazem tudo para viver,
não necessitam de saber,
a razão de viver.

Mas os animais virtuais!
Não são comandados
por leis naturais
Como será que eles se reproduzem?



Balada da reinação

Eu gostava de ser como sooou
Cheio de manhas
Para poder reinaaar

Na forma de urso
Algo confuso
Mesmo obtuso
Uso e abuso
Do mail que uso

Eu gostava de ser o que souuu
Desaparecer e voltar
Aparecer
Maldizendo gozando
Não sei até quando………………

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Mudam

Reflectindo

Mudam os tempos
Mudam as verdades
O que são hoje maldades
Já foram virilidades

Mudam as verdades
Mudam as vontades
Será que isto é verdade?

A natureza não abandona a mente. O córtex cerebral esconde o Cérebro de um réptil.
Para o bem ou para o mal, quem comanda é o réptil que há em nós.
Em situações de stress a informação é muita, e o córtex bloqueia com facilidade assume o comando o réptil……………………………………



Juventude avaliada

Linda caligrafia que o João apresentou
No conteúdo caprichou
Nas críticas acertou
Tanto que a professora corou

Mas a professora ficou danada
A crítica era lixada
Não lhe faltava mesmo nada
E provou que estava enganada

Afinal o miúdo era inteligente
E não era filho de boa gente!
Mas na avaliação nada mudou
Ninguém poderia ser diferente
Se quisesse boa nota chegava graxa como toda a gente!!!!



Arte maldita

Maldizer é uma arte
Exercida por toda a parte
Até há, quem com ela mate!

Na arte de dizer mal
Surgiu alguém genial
Uma língua tão venenosa
Que com uma lambidela
Faz murchar uma rosa

Podem deixar de dizer mal
Para isso existe o especial
O profissional
Na arte de dizer mal



Augúrios agoirentos

Truca truca
Que coisa maluca
Vingança turca
Mulheres de burca
Na Europa da moeda única
Ninguém dá luta
No futebol como na vida real
Quem ganha afinal
No futebol Lepanto. Na final
Sem nenhum espanto
Na vida real por enquanto
Ainda não chegou o juízo final
Mas isto vai acabar mal.



Vida de cão

Cão de fila. Estás doente?
Tu que eras valente
Na caça ias sempre à frente
Andas, triste e cansado
Sempre ao teu dono amarrado
Pós-te a fazer de espião o desgraçado
Bem feito, merecias ser enrabado!

Para mostrar trabalho. O cão de fila coitado
Tanto o cu do dono lambia
Que até sabia o que ele comia
E se um pouco mais à frente lambia
Também sabia o que ele fodia
O que é que ele queria?
Ser um cão de companhia?
Um caniche sonso!
Com ar mariconso!

Vais morrer? Coitado!
Na certa foste envenenado!
Com um peido bem dado




Conversas com o Demo para lá do Reno

Aveo Aveo poti gran fu
Chuba lucaca trula
Malifu malifi soci
Cuti chuti miuti
Lucala luca sabala
Tuluca vaniu shivaa
Zuca truka falaruca
Biova fiu vu xana vui
Poti vi vui xamã labi
Faniu luca fasruca chuca
Baiuo zu baliu xu xumas
Finato malicosse cui só
Xubi to alli zu xobi o qui





Um verdadeiro corista
Para não dizer artista
Podia ter sido fadista
Não conseguiu chegar a humorista
Pelo menos não é benfiquista

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Uma nação sem estado

Ri macaco, ri,
porque é dotado
de um cinismo lírico
que torna satírico
o dia mais fatídico.
Salientando o ridículo,
do artificial cubículo mental
em que vive a humanidade.

Sendo a humanidade,
um pequeno cubículo
da animalidade.
Compreende-se que:
O primata que se chama homem
manifeste a sua animalidade,
com mais frequência
que a apregoada humanidade.



Uma Nação Sem Estado

Os políticos de Portugal
Vivem na realidade virtual,
Desconhecem o que vai mal
Na vida real

Chegam a Bruxelas
E sem grandes mazelas
Cedem a produção nacional
Em troca de subsídio ou comissão
Cometendo o suicídio
Da economia nacional

Bundas grandes
Que praticam a politica da perna aberta
Têm a impunidade como certa
Apesar, da comissão ser incerta
A miséria nunca os aperta
Chega para o festim
Do enriquecimento sem fim

Manipulação, ocultação e deturpação
Aliados ao excesso de informação
Escondem a razão
Não adianta ter educação
Quando é negado o direito à informação
Desaparece a capacidade de decisão


Há um salvador para acalmar a dor?

Da Madeira chamem o Analfabeto ladrão
Ditador corrupto! Ou não?
Pelo menos nunca foi bundão
Nunca praticou a política da perna aberta


Mas Bruxelas não é Lisboa
Quando não vê coisa boa
Corta o subsídio até que doía
Quem não vai ao beija mão
E pertence a um pais de segunda categoria
Leva logo um apertão
Que pés beija com alegria.

Grandes obras
Grandes comissões
E o povo vive das sobras
Destes nossos sobas

Colónia da Europa
Da Alemanha e sua tropa
Vamos acabar a comer mandioca
Se ainda houver alguma coisa para troca.

domingo, 26 de outubro de 2008

Quijotes los niños de Cervantes

Lutam contra moinhos de vento,
os valorosos sonhadores.
Sentem o sal, sentem o vento,
como os seus antecessores.

Não se sabe, se procuram riqueza,
louvores ou reconhecimento.
Fogem da horrível tristeza,
da vida mal vivida em agonia.

Por não agir, não actuar!
Evitando questionar.
Se é certa a verdade,
que nos andam a contar.

Sentem alegria no dia-a-dia,
porque acordam com vontade lutar,
Contra tudo, e todos,
inclusive até com o mar.

Que lo digan los hombres de las luces,
per corriendo caminos,
atravesando ariscas fragas.
Cambiaran destinos.
Iluminaran ideas.
Levaran esperanza
a niñas e niños
Mas la naturaleza,
recuerda siempre:
vivir es ser animal
es comer, matar
lujar pelo lugar.

Morir es ser hombre,
Trotski, Che e Cristo.

JN – Outubro 2008



Participação de JN e G.Young no Abril
JN diz:

Igualdade F. L.

Caiu o fiel da balança
Morreu o rei de França
O povo no poder
A nobreza a desaparecer
O clero a tremer
Os direitos a aparecer
Seres humanos finalmente?

Não, a guilhotina, surge de repente
Vitimas, inocentes, tombam infelizmente
Mais uma vez a revolução não foi diferente
Morre muito boa gente.

Luzes de conhecimento iluminam
Grandiosas e iluminadas, mentes
Tanto sacrifício foi em vão?
Não, não e não diz a multidão
Que vive nesta espécie de democracia
Que é aldeia global no mundo da hipocrisia

Quem têm fome e barriga vazia
Nega com facilidade a democracia
Quem tudo tem, dedica-se à orgia
Do consumo, da loucura, do diferente
Da aberração que faz sofrer muita gente

Ninguém quer ser igual, todos querem mais
Todos querem ser desiguais
Pois querem mais?
Mais poder, mais reconhecimento,
Mais coisas, muitas coisas!
O povo já não quer mais ser povo
Quer algo que não é novo
Todos querem ser reis
O que lhes falta é povo!
JN 24 de Abril de 2008 – 19- 45 min


G. Young Responde:

Coitadinhos dos vencidos

Será que vale a pena?
Ser grande com uma alma tão pequena!
Terrorista na palavra, ousado no pensamento
Anseia pela igualdade entre os seres humanos
A cada momento

Ditadura, monarquia, democracia e anarquia
Combinam com demagogia
Todas possuem, mais valia,

Monarquia evita lutas de poder
Democracia cria jogos de poder
Ditadura é a força no poder
Anarquia é o salve-se quem puder

Em qualquer sistema o importante
É estar na mó de cima
Pertencer a classe dominante
Andar na rua com um ar fascinante

Viver de um novo mirabolante
Gozar tudo que o sistema que é poder
Tiver para oferecer.
Sem esquecer
Estar sempre do lado triunfante

O importante é não existir igualdade
Porque então, não vale a pena ser poder
Com recompensa tão pequena
Tanta chatice não vale a pena !!!



George Young 24 de Abril de 2008 – 19h47min



Maio

Quarenta graus debaixo da chapa!
Está um calor que mata.
É Agosto o mês do tormento,
Porque é que o céu não fica cinzento?
Trabalhar com este calor
Faz o corpo entrar em torpor.
A máquina não pára, a fábrica trabalha,
O calor que sai da máquina
Faz esquecer o ruído da fábrica
As peças saem quentes
Verifico se estão atraentes
Cento e vinte por minuto!
Cento e vinte por minuto!
Duas por segundo!
Não sei o que vai no mundo!


Há que dar produção,
Que pena não ser patrão,
Tinha ar condicionado para toda ocasião,
Em casa no escritório ou no carrão,
Mas nunca tive jeito para aldrabão,
Vou fazer serão,
Com horas extras aumento meu salário
Para comprar pelo menos o que é necessário,
Doze horas por dia é o meu horário
Bem-haja, o patrão,
Que garante o salário,
O movimento operário,
Tem um escritório!
Com ar condicionado!
Os camaradas que lá trabalham,
Sabem o que se passa no mundo.
Que há miséria por todo lado,
Até no, pais mais rico do mundo.

1º de Maio de 2008
JN

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Globalização

Globalização linda expressão
Aldeia global grande provocação
Multinacional empresa global
Não depende da vontade nacional

Não se conhece o patrão
A sua única razão
É o lucro que cheira a estupro
E na competição vale tudo

Corromper, extorquir, dividir
Manietar, comprar, iludir
São facetas da arte de mentir
Cujo clímax é a multidão a aplaudir

Aplaudem o desenvolvimento
A riqueza do momento
Esquecem o que está para vir
Obedecer a ordens sem decidir