quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Para o Infínito

Deus abençoe, a América
Para o infinito e mais além
Toy story

Capital

O capitalismo serve-se do egoísmo
Para servir egos e vontades,
Todos se esforçam por dar produção.
São escravos de um sonho
Um sonho lindo!

Tudo é possível na verdade
Mas atendendo às leis da probabilidade,
A maioria vai viver o pesadelo da realidade.

O capitalismo evoluiu, é certo
Não é fruto das ideias de um punhado de homens
É como um ser vivo que reage segundo as leis da vida

Mas quando se chama liberalismo puro e duro,
Com ausência de mecanismos de controlo,
Que impeçam grandes oscilações dos equilíbrios
Acontecem grandes desgraças
Ou crises!

Mas também não se pode esperar muito,
De algo que se baseia no egoísmo
E esquece o altruísmo!



Materialismo


Chegaram tão longe os filósofos gregos,
Desvendaram, tantos segredos,
Que parecia que anunciavam
O fim dos mitos e dos medos.

Avançamos tanto desde então!
Segredo após segredo,
Demos razão à razão.

Parecia que a natureza,
Era um simples enredo,
De uma longa serie de televisão.

Reflectindo sobre o breve período de uma vida
Não se descobre a falsidade dos mitos
E ampliam-se os medos
Porque não se tem o conforto de uma religião.


Poema de assustar

Sou um corpo sem alma,
Um aeroporto para encarnar,
Vejo almas partir e voltar.
Observo-as com atenção e calma

Não as quero.
Não as deixo ficar,
Entre o chegar e o partir
Algo há-se sobrar.

Voltarei a ter alma?
Noutro mundo se calhar.
Será uma nova experiência.

Não tenho medo,
Não me deixo assustar.
Mas digo em segredo
Que não estou a brincar


Fuga


Quero sair, partir, fugir,
Lutar, sentir, existir,
Respirar a brisa
De uma vida que deixa saudade.

Porque foi vivida
Sentida, sofrida
Amada e perdida.