sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

A MENSAGEM DO VULÇÃO NA VOZ DO ORANGOTANGO

O macaco homem confessa-se perante o rei da criação “O Vulcão” e pede uma resposta para os seus anseios.

Nós homens:

Somos homens, uma espécie de macaco que se auto denominou os humanos.
Palavra bonita com muitos e belos sinónimos a saber: bons, sensíveis, clementes, etc. Desdenhamos o passado genético comum com os nossos primos, os outros primatas e negamos a nossa principal característica comum, a capacidade de ser ardiloso, que faz com que sejamos os facínoras, que dominaram as outras espécies recorrendo às mais variadas patranhas. Utilizamos cinismo, a arte do embuste e a mentira. Estas faculdades não são nada mais do que evoluções da camuflagem e outras artes de armadilhas dos predadores.

Sendo uma espécie predadora num passado recente isto é apenas começou a comer outros animais à um ou dois milhões de anos. Aprende-mos lições de todos os predadores, pois tivemos dificuldade em prosperar, devido às nossas enormes fraquezas. Nós, homens sempre admiramos os outros predadores mais evoluídos e especializados e sempre tentamos obter as suas características. Elogiamo-nos normalmente com nomes de predadores como leão, tigre, lobo, etc

No meio de todas as desvantagens surgiu um pormenor, que não é a nossa capacidade cerebral, mas uma característica de macaco. Uma pequena ferramenta chamada mão, que permite concretizar pensamentos e modificar o nosso entorno. Mas a estas modificações, não podemos chamar novos mundos ou oportunidades, apenas mudamos, destruindo muito mais do que construímos.

Quando criamos os nossos pesadelos fazemos o nosso próprio retrato, imaginamos o nosso impacto, enquanto seres apetrechados das mais maquiavélicas máquinas liquidamos comunidades inteiras de seres vivos e imaginamos idênticos monstros a invadir o nosso próprio mundo. Facto este retratado por nós homens nos nossos filmes dos quais se pode destacar o “Predador” para adultos e “A procura do Nemo” para crianças.

No entanto sendo a espécie dominante relativamente às outras espécies, lutamos entre nós, pois as nossas diversas famílias, disputam um planeta que começa a ser demasiado pequeno para tantos elementos de uma única espécie.

As nossas famílias diferenciaram-se, apenas fisicamente, basicamente segundo uma característica, a tonalidade da pele. (obviamente que somos todos da mesma espécie pois os cruzamentos de todas as famílias produzem elementos, férteis)

As nossas lutas intestinas continuam segundo a leis da vida, comum a qualquer ser vivo, que consiste em permanecer vivo e fazer com que os seus genes se imortalizem no maior número possível de seres.

Como nossa tecnologia permite muita matança temos medo que essa tecnologia em vez de levar no final a uma família dominante, leve à destruição total de toda a nossa espécie e também temos consciência, que se surgir uma família dominante esta começará a aumentar em número, levando a formação de pequenos grupos, que depressa se transformaram em grandes famílias que começaram a guerrear-se entre si. Surgem então, perguntas que não podemos responder.

Quantos somos? Quantos podemos ser?
Quantos queremos viver?
O que somos e o que queríamos ser?
Deveremos ser agressivos como os chimpanzés?
Ou calmos e promíscuos como os bonobos.
Deveremos ser mais pretos visto que são os pretos!!!!
Sim os africanos, que possuem maior diversidade genética.
Ou mais chineses que apesar da sua homogeneidade genética, possuem a capacidade de viver em sociedades numerosas reproduzindo-se, como coelhos.
Ou então caucasianos, que dominaram as técnicas da guerra, durante os últimos duzentos anos e tiveram oportunidade de colonizar (dominar) todas as famílias, abrindo depois mão desse domínio apenas com alguns milhões de mortes, por motivos filosófico religiosos.

Será melhor, continuar a lutar como até aqui, deixando que as guerras entre nações e as lutas de classes dentro das mesmas, decidam o destino da humanidade como num jogo de sorte ou azar



O vulcão, reponde por meio do seu intérprete, o orangotango

Esta macacada
Que se diz humana
Esta inquietada
Com a sua morte anunciada

Sabe que vai ter um fim
Como, todas espécies, enfim!
Mas acha-se tão preciosa
Que a sua desaparição
Parece a coisa mais horrorosa
Que poderá ocorrer nesta Terra Formosa.

Mas a verdade pode ser dolorosa
Na Terra há muita coisa preciosa
E a humanidade não é a mais valiosa
Pensemos numa bolsa de valores genética
A cotação de cada espécie é idêntica,
em pouco milhões de anos
surgiram novas ocasiões
para novas espécies de sabichões.

Quantos são? Quantos querem ser?
Não tem nada que saber
Quantos menos melhor.

Agora como querem viver
Continuem a tudo foder
Que a família que mais foder
É a que vai sobreviver.