quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Fantoche de Fetiche





Se fosse uma marionete
Andava de trotineta
Ouvia muito e aturava.
Tudo quanto é treta

Ria dos disparates
Tocava pandeireta
aplaudia as patranhas
Dos grandes chefões
Em todas as ocasiões
Fugia dos morcões
Não haveria cão grande
que eu enfrentasse…
… por muito que o cão me enojasse

mas pela fraqueza visceral
que tem o meu estômago frugal
não consigo agir de forma natural
quando me mete nojo o animal
o vomito surge como uma resposta natural

ajo como um fantoche
ruído por dentro,
desprovido de sentimento
faço o que me mandam
digo o que me apetece
ou então fico calado
não me escuta quem não merece



Estudantina do fantoche


Andava manipulado
Não podia respirar
O ar estava inquinado
E começava a empestar

Tentei abrir uma janela
Que estava avariada
Tentei o mesmo na porta
Tinha a fechadura estragada

Corri para o fundo do corredor
Evitando cheirar o fedor
Bati com o nariz na porta
Partiu-se o puxador

Escrevi um SMS
Pedindo ajuda por favor
Não recebi nenhuma resposta
Já todos tinham entrado em torpor.

O ar estava envenenado
Parecia um filme de terror
Em que o psicopata
Mata sem dor
Escancarando-se a rir
Escondido no escritório
Ao fundo do corredor.