sábado, 31 de janeiro de 2009

Idiossincrasia de um palerma

Não basta a mulher de César ser séria
Também é preciso parece-lo.
Tem de saber disfarçar
Actuar de forma a não levantar nenhuma suspeita
Ser comedida nos passos, para não causar, embaraço.
Resolver as coisas simples da vida, como engravidar do seu senhor!
Mesmo que o seu amo e senhor! Seja estéril como uma mula!
Deve a senhora resolver o problemazinho.
Arranjando um bom inseminador sem levantar nenhum rumor.

E graças a estas doutas senhoras
cresceu o mito da virilidade
de tudo quanto era majestade.
Dos machos não existia infertilidade.
A arte da mentira revelava a sua utilidade

Dessas senhoras surgiu a arte
Da politica na nossa sociedade
Onde a corrupção existe, persiste
Escondida numa fachada de seriedade

Mas surgiu na praça
Um político que não estudou as lições
Obteve os diplomas aos empurrões
E não aprendeu a arte da política
Exerceu a arte da corrupção
Deixando rastos aos magotes
Com testemunhas pessoais e electrónicas
E não trabalhou em notas
Como os presidentes das juntas mais fracotas
Podia manobrar com obras de arte
ou pedras preciosas.
Mas tem a mania que é janota
e em notas não toca.
Trabalha com contas off-shore
Deixando um rasto de mails falantes

Tanta sorte teve!
Que dela abusou sem medo!
Afinal não tinha nenhum segredo!

Palerma estúpido e imbecil
Idiota, motivo de chacota
Tema para uma boa anedota
Ganancioso corrupto e néscio
Caiu finalmente em descrédito

Se te queres safar vais ter que te congelar.
E daqui a quinhentos anos tens uma sociedade pronta para te aturar